Ao pressionar-mos uma tecla do piano, aparentemente ouvimos um único som, porém o som se duplica infinitamente. Se tocamos a nota lá por exemplo, todas as notas lá vibram simultaneamente, este efeito denomina-se, vibração por simpatia. Nós sempre percebemos o som principal, porque sua intensidade é sempre a maior, assim não podemos distinguir suas duplicações. Foram destas duplicações que os grandes mestres da música construíram no passado as lindas sinfonias Harmônicas. A nota principal, ou predominante é chamada de fundamental. A nota que vibra sobre a fundamental é o 1º harmônico, a seqüência de duplicações vão formando os próximos harmônicos. Vamos tomar como exemplo uma nota principal que contem 16 ciclos por segundo, nota fundamental, somaremos a estes mais 16 ciclos e temos o 1º harmônico com 32 ciclos, mais 16 e temos o 2º harmônico com 48 ciclos, mais 16 ciclos o 3º harmônico com 64 ciclos, e assim sucessivamente os ciclos se sucedem infinitamente.
O 1º harmônico forma o intervalo de oitava justa, o 2º sobrepõe uma Quinta justa, o 3º forma uma Segunda oitava, o 4º acrescenta uma Terça maior, completando assim a tríade maior, também chamado de acorde maior.Se seguirmos acrescentando harmônicos vamos encontrar os mais diferentes tipos de intervalos organizados
de forma ordenada, das consonâncias aos intervalos dissonantes. Aqui está a grande razão do porque das notas terem que ser padronizadas dentro da estrutura de uma harmonia. Os perfumistas sabem combinar as essências para fazer um bom perfume, assim um bom músico sabe combinar as notas para compor uma boa música. Os princípios são os mesmos, o sabor de um bom prato de comida, o aroma de um bom perfume, as cores de um desenho, as notas de uma sinfonia, tudo parte de um mesmo princípio. A diferença está nas freqüências vibratórias.
Se o nosso olho estivesse adaptado para captar as freqüências de 16.000 ciclos, nós ao invés de ouvir o som, poderíamos vê-lo, e se nossos ouvidos estivessem adaptados para as freqüências luminosas, então poderíamos ouvir o som da luz. Isto parece um absurdo, porém para o estudioso é uma possibilidade lógica.
Nossos ouvidos captam uma fração minúscula da vibrações espalhadas pelo cosmo. Abaixo de 16 c/s, há vibrações que o ouvido humano não pode captar, porém eles existem. Acima de 32.000 c/s, o nosso ouvido não capta o som, porém eles existem. As vibrações não se limitam apenas no espaço e no tempo em que vivemos no presente. Nós é que estamos limitados com nossa percepção. O universo está cheio de maravilhas. Para que as percebamos, basta despertar as capacidades latentes. O mundo está aberto para nós. Nós é que estamos fechados para o mundo.
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